segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

MEMÓRIA DA PELE.




Não é nada, é apenas um súbito,
Não é nada não, é só o tempo cantando ilusões.
E o catavento de ferro no telhado espalhando  intenções
Fazendo a voz voar por cima das ondas curtas e modular
E no   barquinho de lembranças,  vou nas ondas
Ouvindo  as canções  que se escuta por lá
Lá vou eu, outra vez lá no lugar das recordações
Piso  a entrada do  portão de madeira
E deixo a mão empurrar a porta  entreaberta  como que a esperar
Lá dentro a voz inquieta curiosa me diz: vem pra cá !
Vou lá, sento a beira da cama olha  as cobertas desfeita
Atiro-me satisfeita sobre elas com aquele perfume familiar.
Fecho os olhos,  aceito  agradecida,  que é mesmo aqui o meu lugar.
Razanil Shamir
22-12-2014

“ A casa de minha avó Deolinda  existe até hoje.(foto acima com minha tia e meu tio)
Meu tio Lélio se foi em 29/11/1999  e minha tia Amélia  morou  nela até sua despedida derradeira em 23/05/2015.Agora eu irei morar  ai.
Foi nessa casa que eu vivi  minha infância.
Nas minhas lembranças é nela que me  escondo para reviver .
Ela me ajuda a não soltar a mão da criança que viveu ali e ainda vive em  mim.”
 

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